terça-feira, 27 de janeiro de 2009

TWILIGHT NOW: DO VAMPIRO CULT AO POP



Stephanie Meyer é dona de uma proeza, no mínimo, invejável. Ela é autora de um dos livros mais vendidos no mundo na atualidade. A nova febre que toma os adolescentes (em especial "as" adolescentes)e surge como promessa de substituto de títulos como Senhor dos Anéis e Harry Potter tem nome: Luz e Escuridão. Sim, aqui não me refiro ao livro, mas à saga cujas três "partes" já possuem edições publicadas no Brasil: Crepúsculo, Lua Nova e Eclipse, este último nas prateleiras das livrarias desde o começo do ano. A autora apostou numa idéia infalível: o vampirismo. O tema sempre foi sinônimo de grandes vendas, seja de livros ou entradas de cinema, Meyer vai além e introduz uma história de amor um tanto fantasiosa: Isabella Swan e Edward Cullen vivem um romance, mas o rapaz é um vampiro. A receita é saborosa, mas nada original. E, neste caso, nem se está julgando a qualidade estética ou literária: fora de cogitação!
Mas, se o pretexto da autora é usar uma história de amor para falar de vampiros, o meu é o de usar a fama da autora para indicar outras leituras vampirescas aos mesmos leitores deste tipo de narrativa.
Anne Rice foi uma das autoras mais populares dos anos 90. Rice dedicou-se quase que exclusivamente à escrita de temas acerca do vampirismo, sua "obra máxima" recebe o nome de Entrevista com o Vampiro, o livro imortalizou os vampiros Lestat e Louis e se tornou uma bela adaptação cinematográfica com os atores Brad Pitt e Tom Cruise, concorrendo, inclusive, ao Oscar em algumas categorias (como a de melhor atriz coadjuvante, cuja indicada era a, então menina, Kirsten Dunst). Rice é ainda autora de inúmeras crônicas vampirescas, algo fabuloso para os amantes do gênero.
O grande precursor deste gênero, porém, foi o irlandês Bram Stocker com seu maior (e único) clássico Drácula, publicado em 1897. Como todos sabem, o príncipe Drácula - personagem real - viveu no século XV na região da Valáquia, na Transilvânia. Seu nome Vlad recebeu o apelido de Drácula devido ao brasão da família, "dracul" ou "dragão". Durante anos refém dos turcos, ele aprendeu as mais diversas técnicas de empalamento (que não é o caso descrever aqui), motivo pelo qual seu nome se imortalizou como sinônimo do horror. Em 1456 deu início a um reinado de quatro anos de tirania e terror. Ele era um homem sádico, que beirava a insanidade. Stocker usou a figura lendária e mítica para o povo romeno associando-a ao vampirismo.
Drácula foi, de certa forma, também algoz do autor, que se tornou tão vampirizado quanto o personagem que criou e, finalmente, ofuscado por ele. Coincidência ou não, o trabalho com os mistérios do oculto lhe renderam o quase anonimato.
O romance epistolar (em forma de cartas e diários)rendeu uma das produções cinematográficas mais competentes e bem sucedidas da história do cinema. O filme Drácula de Bram Stocker, dirigido por Francis Ford Copolla, é talvez o filme pop mais cult dos últimos tempos, com um grupo fiel de adoradores em todo o mundo. A narrativa trabalha brilhantemente a eterna história de amor entre Vlad (Gary Oldman) e Mina (Winona Ryder), o que, perdoem-me os iludidos, não acontece no romance.
Um aviso importante: o filme, assim como o livro, foram feitos para adultos e, portanto,os fãs de Twilight não serão poupados ^__^
Fica, então, a dica para os iniciantes fãs de vampiros!!! Boa leitura!!!

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